“Eu achava que ficaria inválida”: o medo do envelhecimento feminino
Ginecologista explica que envelhecimento feminino e menopausa sempre foram um tabu, mas não há porque temê-los Foto: Envato Aos 48 anos, Maria Augusta Andrade sentia o corpo mudar. Ondas de calor a consumiam, a insônia a perseguia, e a névoa cerebral (episódios de esquecimento constantes) a deixava desorientada. O medo se instalou: era a menopausa, um fantasma que ela nunca havia parado para encarar. Como muitas mulheres, Maria carregava o peso de tabus e desinformação. A menopausa era vista como o fim da vida fértil, a porta para a velhice e invalidez. Sem referências ou apoio, ela se viu mergulhada em um mar de dúvidas e angústias. "Eu tinha medo de me tornar invisível, não só para a sociedade, mas também para o mercado de trabalho", confessa Maria. "A sociedade nos ensina que a mulher só tem valor enquanto é jovem, fértil. E a menopausa parecia ser o fim de tudo isso. Eu achava que ficaria inválida". Hoje, aos 52 anos, Maria se sente melhor do que nunca. Após ...